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Área acadêmica por Ana Carolina Morais

Para a segunda entrevista da nossa página, temos a biomédica Ana Carolina, que é atual professora do estagio supervisionado em Análises clínicas da UFTM.

1 – Aonde você se formou? Como você era durante o curso?

Eu me formei na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sou da 1ª Turma de Biomedicina da Universidade (2007-2010). Escolhi ser biomédica porque sempre me interessei pela área da saúde, laboratórios, pesquisas; desde criança, sempre achei legal fazer “experiências/experimentos”, então quando descobri que existia um curso cujo profissional formado tem habilitações para trabalhar com tudo isso, eu tive certeza que eu gostaria de estudar exatamente isso. Por isso, desde o começo da faculdade eu amei o curso (nunca quis trocar), e sempre fui uma aluna muito dedicada, com boas notas (modéstia à parte hehehe). Aproveitei várias oportunidades que a faculdade oferece, desde o segundo período... fui monitora de várias matérias, fui representante de turma e do colegiado do curso, fiz 2 ICs. E logo que me formei entrei para o mestrado em Imunologia.

2 – Quando você decidiu que gostaria de seguir a carreira acadêmica? Por quê?

Sempre gostei da carreira acadêmica, porque adoro explicar/ensinar alguma coisa que sei para as pessoas. Sinto entusiasmada quando percebo que as pessoas aprenderam alguma coisa nova a partir do que estou explicando (gosto de tentar ensinar como eu gostaria que alguém me ensinasse). E também porque adoro pesquisa científica, por isso fiz mestrado e agora estou no doutorado.

Para seguir carreira acadêmica a pessoa tem que ter em mente que é uma área que exige muita dedicação e estudo, realmente não é fácil (mesmo pra quem gosta), para quem não gosta ou não acha interessante, realmente fica ainda muito mais difícil.

3 – O que você acha do mercado de trabalho e oportunidades na área?

O mercado de trabalho é muito concorrido em qualquer área, por isso não é diferente dentro da Biomedicina. Todo mundo tende a achar que a “grama do vizinho sempre é mais verde”, e que outros cursos oferecem mais oportunidades. Mas a meu ver, atualmente todas as áreas estão lotadas de profissionais “formados”, cabe a cada um de nós fazer a diferença e ser um BOM profissional, com algum diferencial, para assim não ficar fora do mercado.

4- Quando você decidiu que seria professora do Estágio supervisionado?

Essa pergunta não tem resposta kkkk. Eu não escolhi ser supervisora do estágio, porque meu concurso eu poderia ser Biomédica em qualquer laboratório, e foi no estágio que surgiu a minha vaga. Mas foi uma felicidade muito grande, poder atuar como biomédica, supervisionando estágio do próprio curso em que me formei, tentando cada dia mais passar um pouco de conhecimento a novos futuros biomédicos.

5 – Como é ser professora do estágio supervisionado? É mais difícil avaliar o desenvolvimento dos alunos?

Eu adoro trabalhar como supervisora de estágio, como já disse antes. É uma oportunidade diária de aprender coisas novas e sempre me atualizar na área, além de sempre conviver com pessoas jovens. Com cada grupo de alunos que passa pelo estágio eu aprendo algo a mais.

Como os grupos de estágio são pequenos, e o convívio é diário (mesmo que por apenas 15 dias) e descontraído, a proximidade com os alunos é muito grande, por isso acho que é mais fácil avaliar o desenvolvimento e tentar dar uma atenção mais individualizada para cada um.

6 – Já passou por alguma situação desconfortável enquanto supervisionava os alunos?

Não me lembro de nada sério no momento kkk. As situações mais desconfortáveis que já passei acho que foram os casos de pacientes que passaram mal durante a coleta de sangue, e os alunos ficam desesperados de ver, mas nenhum desespero muito grave kkkk, tudo resolvido.

7 – Você que escolheu a área de Coleta externa e Bioquímica? Por quê?

Sim. Quando soube que supervisionaria estágio, faltavam supervisores para 4 módulos de estágio: Coleta externa, bioquímica, hematologia e biologia molecular, e eu deveria escolher 2 deles. Então escolhi coleta e bioquímica. A coleta porque gosto desse pequeno contato com pacientes, e porque eu adorei aprender a tirar sangue durante a faculdade. A bioquímica eu escolhi porque tenho mais afinidade do que hemato, e porque acho muito interessante entender a relação das diversas substâncias químicas do corpo, e interpretar os exames laboratoriais.

8 – Você viu a reportagem sobre o novo método de coleta, o TAP (Touch Activated Phlebotomy)? O que você acha desse método?

Já ouvi falar, mas pra mim não seria um bom método ainda. A propaganda é de um dispositivo que tira sangue da pessoa de forma indolor, sem precisar picar a pessoa com uma agulha, mas esse dispositivo possui várias microagulhas que vão penetrar na camada mais superficial da pele para “sugar” o sangue, e que consegue coletar um volume de sangue muito pequeno (100 microlitros). Ou seja, ainda não permite a realização de vários exames de sangue ao mesmo tempo, porque não terá amostra suficiente.

9 – Algum conselho para os alunos que pretendem seguir a área acadêmica?

Como eu disse antes, para seguir carreira acadêmica a pessoa tem que ter em mente que é uma área que exige muita organização, dedicação e estudo, realmente não é fácil (mesmo pra quem gosta). A carreira acadêmica exige também algum conhecimento de língua estrangeira (inglês principalmente), porque os artigos científicos de peso são todos em inglês, e não tem como escapar de lê-los se você quer fazer uma boa pesquisa e boas publicações científicas (que também terão que ser escritas em inglês).

Não só para área acadêmica, mas para qualquer área que você escolher, o principal é trabalhar com o que você realmente gosta e tem prazer em fazer, porque a maior parte do tempo de nossas vidas nós gastamos trabalhando (já parou para pensar nisso?), então precisamos trabalhar todos os dias com algo que nos faz realmente felizes. Quando fazemos o que gostamos, fazemos com amor e dedicação, então com certeza o sucesso é consequência.

Gostaríamos de agradecer a Carol por nos ter concedido a entrevista e também por ajudar a guiar um pouco mais a galera que pensa em seguir a área acadêmica na biomedicina.

Saudações Biomédicas

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