INFARTO - A NECROSE DO MIOCÁRDIO
A figura mostra a progressão da necrose do miocárdio após oclusão da artéria coronária. A necrose começa em uma pequena zona de miocárdio abaixo da superfície do endocárdio no centro da zona isquêmica. A área que depende do vaso ocluído para perfusão é o miocárdio “em risco” (sombreada). Note que uma zona muito estreita do miocárdio imediatamente abaixo do endocárdio é poupada da necrose, pois pode ser oxigenada por difusão a partir do ventrículo.
A isquemia é mais pronunciada no subendocárdio; então, uma lesão irreversível dos miócitos isquêmicos ocorre primeiro na zona subendocárdica. Com a isquemia mais extensa, uma frente de onda de morte celular se move através do miocárdio e penetra cada vez mais na espessura transmural da zona isquêmica.
A localização precisa, tamanho e características morfológicas específicas de um infarto do miocárdio agudo dependem:
- Do local, intensidade e taxa de desenvolvimento das obstruções ateroscleróticas coronarianas devido a aterosclerose e trombose.
- Do tamanho do leito vascular irrigado pelos vasos obstruídos. - Da duração da oclusão.
- Das necessidades metabólicas e de oxigênio do miocárdio em risco. - Da quantidade de vasos sanguíneos colaterais.
- Da presença, local e intensidade de espasmo arterial coronariano.
- De outros fatores, tais como frequência cardíaca, ritmo cardíaco e oxigenação sanguínea.
A necrose geralmente completa-se em 6 horas após o início da isquemia do miocárdio grave. Entretanto, nos casos em que o sistema colateral arterial, estimulado pela isquemia crônica, está bem desenvolvido e, portanto, mais efetivo, a progressão da necrose pode seguir um curso mais lento (possivelmente 12 horas ou mais).
Fonte: APhysio Referência: Patologia - Bases Patológicas das Doenças - Robbins & Cotran - 8ª Edição - 2010 Patologia - Bogliolo - 8ª Edição - 2011 Fisiopatologia da Doença - Uma Introdução à Medicina Clínica - Ganong - 5ª edição - 2011 Patologia Básica - Robbins - 9ª Edição - 2013